RIO - O mínimo que se espera de um funcionário é que ele seja comprometido com o trabalho e a empresa, certo? Acontece que,de uns tempos para cá, não tem sido assim, mostra reportagem de Paula Dias, publicada na edição deste domingo do Globo: 50% deles dizem não se sentir nem um pouco envolvidos com o que fazem e nem com a organização em que trabalham. 

Os dados são de uma pesquisa apurada no fim do ano passado pela Right Management - consultoria especializada em gestão de talentos e carreira -, que ouviu 15 mil pessoas em organizações com mais de 50 funcionários de 15 países.
De acordo com o estudo, apenas 34% dos trabalhadores se consideram totalmente comprometidos. Já os 16% restantes se dividem em duas categorias: 9% se sentem envolvidos com a organização, mas não com o trabalho; enquanto 7% estão motivados com o que fazem, mas não com a empresa. Para Elaine Saad, gerente-geral da Right no Brasil, as razões para o aumento do descompromisso passam por um desalinhamento crescente entre as expectativas que os profissionais têm e a estrutura de carreira nas empresas.
- Antigamente, era mais fácil se atingir o que se esperava. Hoje, o modelo competitivo das organizações torna difícil o alcance de certas aspirações, como o desejo do funcionário de crescer rápida e verticalmente ou de conseguir equilibrar vida profissional e pessoal - analisa a gerente-geral da consultoria.
E esses resultados só não são mais alarmantes por causa da crise financeira, que alguns países ainda não superaram. Quando o panorama é instável, o comprometimento tende a crescer, pois as pessoas sabem que o mercado não está favorável a movimentações.

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